23 de Junho de 2020
quando comecei a fase de desconfinamento,
decidi ir - durante a semana - visitar lugares que
desconhecia e que, há muito queria conhecer...
nada melhor do que arranjar uma amiga para ir comigo
e fazer pesquisas, onde almoçar, saber se a
CASA DOS PATUDOS recebia visitas, qual o horário...
depois de tudo organizado (adoro fazer este trabalho)
era só pôr-me a caminho!
Lógico que reservei lugar num restaurante
(que por ironia era dia de folga)
nunca me tinha acontecido tal coisa...
falei com a Senhora sobre "Borrego e migas" que adoro
e só no fim da animada conversa a Sra diz-me,
mas na 3ª feira é o nosso dia de folga!
Ohhh pedi imensas desculpas e prometi lá ir numa
outra oportunidade, quando a simpática Sra. me diz:
Ora essa, nem pensar,
vem mais a sua amiga e eu faço o comer para vós!
Fomos recebidas pelo seu marido, cuidadoso,
desinfectando tudo, e aqui está o meu prato
de borrego com migas que adorei...
Prometi que havia de contar a "História" no meu blog...
Na sala um quadro bordado com a inicial do nome da Sra.
que também é a inicial do meu nome
Fomos amavelmente acompanhadas pelo seu marido,
Senhor conhecedor de muitos assuntos, fêz logo uma
descrição do lugar que, após o almoço iríamos visitar
A CASA DOS PATUDOS - MUSEU DE ALPIARÇA
Foi um almoço muito animado,
mas se não tivesse a visita marcada para as 14h
aquilo seria ali mais uma hora de conversa com o Sr.
que sabia de tudo, contou-nos episódios que desconheciamos,
a História da Terra, de tudo um pouco!
Ao telefone quando fiz a marcação da visita guiada,
fiquei a saber que seria PROIBIDO fazer fotos lá dentro
o que me deixa sempre bastante irritada...
mesmo sem vontade de sequer entrar,
só que a curiosidade era tanta que aceitei a condição,
muito contrariada. Por isso as fotos que captei
foram todas do exterior do edifício.
Arcadas a toda a volta do edifício
a Natureza em redor, convidava a ali ficar,
sonhando e observando o infinito
Na visita guiada éramos só nós as duas,
o que permitiu fazer muitas perguntas,
logo eu que sou muito perguntadeira...
nesta visita não foi possível visitar os quartos
fotos da arquitectura do edifício
depois de fazer fotos circulando por toda varanda
que dá a volta ao edifício descemos estas escadas
Captei a placa da cerimónia que tinha acontecido
há apenas 15 meses, da visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa
por ocasião do centenário do governo de José Relvas
Assim que a visita terminou
continuamos fazendo clicks
e, completamente deslumbrada,
fiquei olhando o horizonte
só que... fui "apanhada" pelo click da minha amiga
quando saímos dali
fui em direcção à BARRAGEM DOS PATUDOS
A Casa dos Patudos foi residência de José Relvas desde os finais do século XIX até 1929,
data da sua morte. Político, diplomata, estadista, abastado lavrador, coleccionador de arte
e músico amador, José Relvas, proclamou a República a 5 de Outubro de 1910.
A Casa dos Patudos foi inaugurada, como Museu, em 15 de Maio de 1960.
Aqui, poderá encontrar uma requintada sensibilidade artística, desde o mobiliário,
às porcelanas, pinturas e tapeçarias que constituem o núcleo principal das obras de arte
da colecção de José Relvas.
A Coleção
Na Casa dos Patudos — Museu de Alpiarça, encontra-se uma rica e vasta colecção
composta por pintura, escultura e artes decorativas. Na pintura portuguesa destacam-se:
Silva Porto, José Malhoa, Columbano Bordalo Pinheiro e Constantino Fernandes,
além de notáveis artistas de escolas estrangeiras. Podem, ainda, ser apreciadas
porcelanas de Sèvres e de Saxe, azulejaria, peças da Companhia das Índias,
cerâmicas da Fábrica das Caldas da Rainha (Rafael Bordalo Pinheiro), Rato,
Bica do Sapato e Vista Alegre (primitiva) e bronzes de Chapu, de Mercié e de Frémiet.
Um aprazível jardim histórico completa o riquíssimo interior da Casa.
O Edifício
A escolha do Arquitecto para a Casa dos Patudos não terá sido difícil.
José Relvas percebeu que Raul Lino, dotado de uma cultura europeia marcada
pela robustez dos seus critérios e com-petências, representava o triunfo de um novo
paradigma arqui-tectónico e de que a Casa dos Patudos haveria de ser o seu
primeiro exemplar.Os Patudos assinalam uma nova linguagem de Arquitectura Conceptual.
Apropriada de referências nacionais, afirma-se com um certo despojamento decorativo exterior,
mas esplendorosa e funcional nos seus espaços interiores, com um mobiliário,
criado também pelo referido arquitecto.
O contínuo crescimento das colecções, levou José Relvas à remodelação da Casa.