AMIGAS / AMIGOS
retorno ao vosso convívio,
muito tempo depois do meu último post,
tinha chegado da viagem à Rússia, que fiz num outro blog
e, tive apenas dois dias de repouso
e comecei uma NOVA ETAPA da minha vida,
tratar de tudo o que implica uma mudança de residência...
Ui, ao fim de 35 anos na "minha casa" - aquela casa onde eu
pensava que morreria ali, mas... contra a minha vontade,
após 3 anos de muita insistência, cedi à pressão
e comecei a tratar das coisas...juro-vos, não foi nada fácil.
Posso explicar-vos porque não foi fácil,
tem a ver com vários factores, um deles, não sei se
alguma vez falei disso, devido a uma situação da
minha vida passada, tornei-me "acumuladora"!
Fui juntando principalmente papéis e revistas,
guardava tudo, encontrei revistas e papéis
desde 1996, imaginem...quase 30 anos
e não é de um dia para o outro que
nos DESAPEGAMOS de quilos dessas coisas...
entretanto fui pressionada a mandar tudo para o lixo
e isso foi muito violento psicologicamente,
aos poucos fui fazendo "escolhas" e isso demorou imenso tempo,
o prazo para entrega da chave da casa foi sido adiado,
adiado e eu já me sentia mal...
falava com conhecidos meus
que diziam entender a minha situação mas algum dia
eu teria que fazer uma selecção...só que já devia
ter feito há uns anos atrás...o "grande erro" da minha parte foi esse!
Procurei na net e encontrei explicação para estas coisas.
Os objetos fazem parte da nossa vida.
Na fase adulta podemos ter cartas, roupas, utensílios de casa, livros — objetos que guardamos para preservar a recordação e memória de um tempo ou momento importante para nós.
A lista de possibilidades é extensa, pois varia de pessoa para pessoa, e cada indivíduo tem sua particularidade, sua vivência e seu gosto pessoal.
O difícil é encontrar alguém que não tenha ou teve algum objeto de estimação,
EU ACHO QUE ENCONTREI SIM...pessoas sem sentimentos que insistiam
que eu pusesse TUDO no LIXO — afinal, apegar-se é NATURAL do ser humano.
Contudo, existe uma linha tênue que separa guardar objetos por recordação e memória de forma saudável e guardar por apego excessivo.
Somente nós mesmos podemos decidir se guardamos algo por afeto ou se somos acumuladores.
Por que guardamos os objetos? Pelo simbolismo.
O simbolismo que atribuímos aos objetos, situações e lugares é o que dá a eles valor emocional.
Por isso, guardar de forma carinhosa algo que fez parte da sua história é perfeitamente ACEITÁVEL e NORMAL.
Como saber se o hábito de guardar é saudável ou não?
Como já mencionamos, guardar alguns objetos é comum ao ser humano.
Porém, quando esse ato passa a ser um transtorno, pode trazer situações desconfortáveis para o acumulador.
Abaixo, temos alguns exemplos de perguntas que podem ser feitas para saber se o apego é saudável ou não:
- Eu deposito minha alegria no fato de possuir esses objetos?
- Eles preenchem um vazio em mim?
- Preciso, realmente, disto para me lembrar do passado?
- Como seria minha vida se eu não possuísse mais tais objetos?
Para obter as respostas, é preciso ter sinceridade consigo mesmo!!!
Psicólogos e psiquiatras alertam para quando o acúmulo se torna uma patologia. Quando o guardar deixa de ser por afeto a uma recordação e memória
e passa a ser um ritual sem controle, uma compulsão.
Para saber se há indícios de uma patologia, alguns pontos podem ser observados, tais como:
- se os objetos guardados têm utilidade;
- se invadem espaços da casa que, originalmente, não seriam destinados a eles;
- se o impulso de acumular se tornou incontrolável e começou a interferir nas atividades do dia a dia ou nas relações interpessoais.
No entanto, é preciso ter cuidado com pessoas que desenvolvem esse tipo de patologia.
Tentar tirar seus pertences acumulados a qualquer custo pode gerar uma grave crise emocional.
E, foi precisamente o que ACONTECEU comigo.
NOTA: em conversa com algumas pessoas elas disseram-me que também têm muitas revistas que foram coleccionando e um dia vão ter que se desfazer disso...tal como me aconteceu, e isso vai DOER.
JÁ ACONTECEU COM VOCÊS O MESMO?