quarta-feira, 27 de julho de 2022

Recordação e memória: entenda o lado sentimental do apego às coisas!

AMIGAS / AMIGOS 

retorno ao vosso convívio, 

muito tempo depois do meu último post, 

tinha chegado da viagem à Rússia, que fiz num outro blog 

e, tive apenas dois dias de repouso 

e comecei uma NOVA ETAPA da minha vida, 

tratar de tudo o que implica uma mudança de residência...


Ui, ao fim de 35 anos na "minha casa" - aquela casa onde eu 

pensava que morreria ali, mas... contra a minha vontade, 

após 3 anos de muita insistência, cedi à pressão 

e comecei a tratar das coisas...juro-vos, não foi nada fácil. 


Posso explicar-vos porque não foi fácil, 

tem a ver com vários factores, um deles, não sei se 

alguma vez falei disso, devido a uma situação da 

minha vida passada, tornei-me "acumuladora"! 

Fui juntando principalmente papéis e revistas, 

guardava tudo, encontrei revistas e papéis 

desde 1996, imaginem...quase 30 anos 

e não é de um dia para o outro que 

nos DESAPEGAMOS de quilos dessas coisas... 



entretanto fui pressionada a mandar tudo para o lixo 

e isso foi muito violento psicologicamente, 

aos poucos fui fazendo "escolhas" e isso demorou imenso tempo, 

o prazo para entrega da chave da casa foi sido adiado, 

adiado e eu já me sentia mal...

falava com conhecidos meus 

que diziam entender a minha situação mas algum dia 

eu teria que fazer uma selecção...só que já devia 

ter feito há uns anos atrás...o "grande erro" da minha parte foi esse!

Procurei na net e encontrei explicação para estas coisas.



Os objetos fazem parte da nossa vida. 

Na fase adulta podemos ter cartas, roupas, utensílios de casa, livros — objetos que guardamos para preservar a recordação e memória de um tempo ou momento importante para nós.

A lista de possibilidades é extensa, pois varia de pessoa para pessoa, e cada indivíduo tem sua particularidade, sua vivência e seu gosto pessoal. 

O difícil é encontrar alguém que não tenha ou teve algum objeto de estimação, 

EU ACHO QUE ENCONTREI SIM...pessoas sem sentimentos que insistiam 

que eu pusesse TUDO no LIXO — afinal, apegar-se é NATURAL do ser humano.

Contudo, existe uma linha tênue que separa guardar objetos por recordação e memória de forma saudável e guardar por apego excessivo. 

Somente nós mesmos podemos decidir se guardamos algo por afeto ou se somos acumuladores.

Por que guardamos os objetos? Pelo simbolismo.

O simbolismo que atribuímos aos objetos, situações e lugares é o que dá a eles valor emocional. 

Por isso, guardar de forma carinhosa algo que fez parte da sua história é perfeitamente ACEITÁVEL e NORMAL.

Como saber se o hábito de guardar é saudável ou não?

Como já mencionamos, guardar alguns objetos é comum ao ser humano. 

Porém, quando esse ato passa a ser um transtorno, pode trazer situações desconfortáveis para o acumulador.

Abaixo, temos alguns exemplos de perguntas que podem ser feitas para saber se o apego é saudável ou não:

  • Eu deposito minha alegria no fato de possuir esses objetos?
  • Eles preenchem um vazio em mim?
  • Preciso, realmente, disto para me lembrar do passado?
  • Como seria minha vida se eu não possuísse mais tais objetos?

Para obter as respostas, é preciso ter sinceridade consigo mesmo!!!

 Psicólogos e psiquiatras alertam para quando o acúmulo se torna uma patologia. Quando o guardar deixa de ser por afeto a uma recordação e memória 

e passa a ser um ritual sem controle, uma compulsão.

Para saber se há indícios de uma patologia, alguns pontos podem ser observados, tais como:

  • se os objetos guardados têm utilidade;
  • se invadem espaços da casa que, originalmente, não seriam destinados a eles;
  • se o impulso de acumular se tornou incontrolável e começou a interferir nas atividades do dia a dia ou nas relações interpessoais.

No entanto, é preciso ter cuidado com pessoas que desenvolvem esse tipo de patologia. 

Tentar tirar seus pertences acumulados a qualquer custo pode gerar uma grave crise emocional. 

E, foi precisamente o que ACONTECEU comigo. 

NOTA: em conversa com algumas pessoas elas disseram-me que também têm muitas revistas que foram coleccionando e um dia vão ter que se desfazer disso...tal como me aconteceu, e isso vai DOER. 

JÁ ACONTECEU COM VOCÊS O MESMO?