Depois de ter terminado a visita à Universidade de Coimbra,
seguimos a pé, já acompanhados com duas moças
que iriam ser as nossas Guias dentro do MUSEU DA CIÊNCIA.
O grupo era grande, por isso teve que ser dividido em dois.
Entramos no edifício do LABORATÓRIO QUÍMICO
Denominação | | |
Laboratório Químico | | |
Ocupação atual | | |
Museu da Ciência da Universidade de Coimbra | | |
Propriedade | | |
Universidade de Coimbra |
Caracterização artística e arquitetónica
Contemporâneo da Reforma Pombalina, a construção do Laboratório terminou em 1775.
Perante a necessidade de acomodar devidamente os objetos experimentais
Perante a necessidade de acomodar devidamente os objetos experimentais
e proporcionar um ensino qualificado construiu-se um edifício de raiz de modo
a responder a todas as exigências impostas. Foi erguido sobre as antigas instalações
do refeitório, cozinhas e áreas anexas do extinto Colégio da Companhia de Jesus.
Virada a Poente, a fachada principal apresenta uma composição neoclássica
Virada a Poente, a fachada principal apresenta uma composição neoclássica
de linhas simétricas e proporções equilibradas, composta por janelas amplas enquadradas
por pilastras, entablamento de tríglifos e balaustrada coroada com sucessão
de urnas de onde se destacam o corpo central, formado por quatro colunas dóricas
que suportam o coroamento principal, um frontão triangular com a inscrição “Laboratório Chimico”.
Além da integridade arquitetónica do edifício
Além da integridade arquitetónica do edifício
destaca-se ainda a importante coleção dos utensílios experimentais dos séculos XVIII e XIX.
tal como crianças da escolinha mandaram-nos sentar aqui,
à entrada, para explicar o que iríamos visitar
têm tanto material que...
a mesma quantidade que têm em baixo, têm também em cima
nós só vimos a parte de baixo e quase a correr,
impossível fazer uma visita completa a tudo
aqui, um dente canino de Hipopótamo
aqui, esqueleto do mocho d'orelhas
O mocho-d’orelhas (Otus scops) é a mais pequena ave de rapina que existe em Portugal.
de cor variável em tons castanho-acinzentados – o que lhe confere uma excelente
camuflagem nos troncos das árvores – e possui pequenos tufos na cabeça que fazem
lembrar ‘orelhas’; quando visto de perto, é possível observar um padrão mais complexo,
com riscas e manchas pretas, pintas esbranquiçadas e manchas arruivadas.
Exibe disco facial castanho-acinzentado pálido e olhos amarelos.
O bico é cinzento e as garras castanho-acinzentadas, apresentando estas a ponta mais escura.
A fêmea é, em média, mais pesada que o macho.
mais esqueletos
esqueleto de cão
esqueleto do macaco-barrigudo
Intervenção
ResponderExcluirAlvo de um recente projeto de remodelação e valorização dos seus espaços interiores para a instalação da primeira fase do projeto do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra,
da autoria dos arquitetos João Mendes Ribeiro,
Désirée Pedro e Carlos Antunes, o antigo Laboratório Químico
pombalino recuperou a sua estrutura e disposição originais,
incluindo o anfiteatro escolar.
Foi inaugurado em 2006.
Foram, então, criadas duas novas Faculdades,
ResponderExcluirMatemática e Filosofia, funcionando nesta última o curso filosófico que tinha a duração de quatro anos.
O último ano era ocupado com o estudo de "Química Teórica e Prática". Ordenavam os novos Estatutos a construção de um Laboratório destinado à Química, edifício que ficou concluído no início do ano lectivo 1775/76. Existe no Departamento uma planta prévia do edifício rubricada pelo punho do Marquês, o que mostra o empenho deste na reforma universitária que empreendeu.
Assim nasceu o "Laboratorio Chymico" que serviu de instalação ao Departamento de Química durante duzentos anos.
Embora no decurso do século XIX fossem aparecendo no País algumas Instituições dedicadas ao Ensino e Prática da Química,
o Laboratório Chymico foi a única existente a nível universitário até à criação das Universidades de Lisboa e do Porto, em 1911.
Apesar da Reforma Pombalina não ter sido levada até ao fim, o interesse pelo cultivo da química na fase inicial é manifesto, sendo de registar como acontecimento marcante da época, o aparecimento em 1788 do primeiro volume de um Compêndio de química intitulado
"Elementos de Chymica",
escrito pelo professor de química Vicente de Seabra, sendo o segundo volume publicado em 1790.
Trata-se de uma obra verdadeiramente notável, apresentada na linguagem da nova nomenclatura química, apesar de escrita apenas um ano depois da publicação do “Méthode de Nomenclature Chimique”
da autoria de Lavoisier e seus colaboradores e professando as novas teorias desenvolvidas pelo mesmo Lavoisier, embora tornado público um ano antes do próprio "Traité Elémentaire de Chimie" de Lavoisier.
Por ele se vê que o Laboratório Chymico da Universidade de Coimbra se posicionou, desde os primeiros momentos da sua existência, na vanguarda do conhecimento de química da época.
Como deve imaginar, conheço muito bem.
ResponderExcluirBjs, boa semana
É surpreendente o que aprendo consigo…
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Tantas vezes vou a Coimbra e nunca tinha enveredado pela descoberta do Laboratório de Química e afins. Mas as tuas fotos (e informação de texto) têm vários méritos: além da reportagem completíssima que mostram, deixam a vontade de ir lá, sentir os objectos, interiorizar as curiosidades...
ResponderExcluirNem sabia que a Universidade de Coimbra tinha um Museu da Ciência... e que Museu! Do melhor que já vi, a julgar pelas fotos que fizeste daqueles bichos de cabeça dupla, dos esqueletos bem conservados, dos corais. Jamais imaginaria que um esqueleto de cão ou de macaco-barrigudo fosse assim. Ainda por cima com as fotos muito bem enquadradas, que deixam ver na sua maioria as legendas informativas. Muito profissionalismo.
Dá vontade de dizer que se nós não vamos ao Museu, tu trazes o Museu até nós. Pela minha parte, muito obrigado por isso. Fiquei muito curioso em em relação a alguns objectos expostos, e o teu texto ajuda a fomentar a curiosidade.
Boa noite Ester,
ResponderExcluirUma visita muito cultural.
Há dias também visitei uma parte da Universidade.
Locais muitíssimo interessantes.
Beijinhos,
Ailime
Olá, Tulipa!
ResponderExcluirQue produtiva visita e qta informação dela tirou!
As fotos, que fez até impressionam. O dente canino do hipopótamo e os esqueletos deram-me que pensar.
Viajar é ver e aprender. Continue!
Beijos e dias bonitos.
Este ainda não visitei mas seus olhares estão bem convidativos!
ResponderExcluir...
Aveia em flocos podem ser consumidos ao natural... uma colher de sopa para cada iogurte!
Bj
Uma dessas visitas que enriquece ao ser. Gostei muito.
ResponderExcluirBoas fotos.
Beijinhos