ANÁLISE do ano 2021
DESFOCADO
Completamento DESFOCADO
o meu foco seriam muitas coisas que não fiz
e não fiz porque não pude fazer
ou não era aconselhado fazer...
Não sei ao certo quando começou o ano para mim
pois devido à minha ansiedade e stress, bem como ao terror de poder ser infectada,
só comecei a VIVER em 2021 quase em ABRIL
pois estive 90 dias fechada em casa,
bloqueei e nem à porta da rua me chegava...
Aprendi coisas novas este ano. Estamos sempre a aprender.
Aprendi que...que não vale a pena sofrer as dores dos outros,
(porque ninguém sofre as minhas)
que não posso confiar em pessoas novas que chegam à minha vida
que há grandes traições a nível de pessoas que acreditava serem minhas amigas e afinal, talvez nunca tenham sido
Dizer que apaixonei-me por pessoas novas, era bom era,
mas onde é que elas estão?
desapaixonei-me por pessoas que pensava estar apaixonada.
Sou assim, pessoa de paixão fácil.
Ui... e mais uma vez descobri quem são aquelas que me ligam quando precisam
e aquelas que me ligam só porque sim.
a nível familiar perdi mais uma tia, logo em janeiro com Covid, a última que tinha!
A geração que já se perdeu.
Perdi a Prima com quem desabafava muito, não porque tenha morrido,
mas porque eu é que estou já a preparar o luto, pois está mais para lá
do que para cá e descobri que falar com ela ao telefone me deixava
num estado lastimoso, num pranto terrível por ver que já não era
a pessoa que eu conheci e tanto amei, minha professora de Português,
que tinha orgulho nas poesias que eu escrevia
publicadas em livros que estão no mercado e ela foi lendo alguns deles!
Aprendi que gostava de ter família perto e próxima, mas não tenho.
Chego à conclusão que se tivesse ficado a viver perto do Porto
talvez hoje tivesse mais afecto de familiares pois estão muitos lá para o Norte
Aprendi que estou só e sozinha muitas vezes.
Porque não é a mesma coisa...
Gosto de estar sozinha, mas não gosto de ser uma pessoa só.
Gosto de dar boas gargalhadas pois faz bem à saúde e não tenho com quem
as dar...por isso vejo stories na net sobre a vovó viral e com ela dou essas belas gargalhadas...
Aprendi que ainda sofro com as coisas que me aconteceram ao longo da vida.
Sem mais pormenores. É um processo, eu sei.
Mas aprendi a libertar-me também de algumas amarras.
Vou ganhando mais um pouco de orgulho em mim, graças a Deus
porque eu mesma crio desafios e vou superando alguns
e isso deixa-me orgulhosa e feliz, são vitórias pessoais de objectivos superados.
Digo de mim para mim: "fizeste bem, estiveste bem, também mereceste".
Sou eternamente grata a quem me deu estes princípios e educação,
e a mim mesma, que fui sendo quem sou por mim,
abraços acho que só dei 1 e foi na Carrasqueira no porto palafítico,
a uma pessoa que já não via há algum tempo
apareceu à minha frente de surpresa e sem pensar, abracei
Mesmo sem pensar, a pessoa ficou surpreendida e disse:
Já tem as vacinas e eu tinha a primeira!Ela já tinha também a segunda dose.
Foi uma reacção de impulso precisamente pela falta de abraços que eu já sentia,
não abraço meus netos e filho há quase 2 anos
é um sentimento horrível querer fazer e pensar que é melhor não,
pois não vá o diabo tecê-las!
Passei por momentos menos bons? Todos passamos.
Mas foi um ano bom? Sim, foi. Porquê? Só porque estou VIVA.
Continuo a remendar os meus trapos.
Quero poder remendar os dos outros também.
E quero ser feliz. Apenas peço saúde e paz, o resto o Universo traz.
Que mais fiz?
VIAJEI em pensamento,
recordando através das minhas fotos
de outras viagens efectuadas e que deixam tão belas saudades.
Que mais gostaria de ter feito?
Ter ido à praia na época baixa ver as gaivotas,
sentir o cheiro a maresia e ver na areia o rodado dos tractores
Mas não aconteceu!
Numa coisa foi MELHOR
saí com os meus netos, mais do que em 2020
e fomos ao cinema apenas 1 x, comemos pipocas.
AH como foi tãooooooooooo bom!
Aconteceu o concurso "as 7 Maravilhas - Doces de Portugal"
aqui bem perto, em COINA participaram
e ficaram em 1º lugar com as "Coininhas"
e eu provei...(que belo aspecto)
Vi a notícia e queria lá ter ido,
mas...o Outono, quase que nem dei por ele,
com confinamentos e perigo de ir aqui e ali,
resultado: não fui mesmo à QUINTA DAS CONCHAS ver o Outono
O Outono chegou em força à Quintas das Conchas (Lumiar, Lisboa). Esta altura é particularmente interessante porque grande parte das folhas ainda se mantém presas às árvores, em diferentes fases do seu amadurecimento.Para o setor dos transportes, os dois anos de pandemia foram uma sucessão de incertezas, esperanças de recuperação, restrições e cancelamentos de viagens. Neste período, porém, as companhias de transporte perderam milhares de milhões de euros, e não se espera que comboios e aviões recuperem a "normalidade" antes de 2024. O transporte aéreo é o mais afetado, com dois terços a menos de voos em todo mundo em 2020, e menos de metade no final de 2021, em comparação com os números de 2019.
e EU, que fazia vários vôos por ano, em 2020 e 2021 nenhum!
Já estamos em 2022
e, vou abrindo o coração para NOVOS CAMINHOS,
os que me forem permitidos,
Agradeço a Deus pelas oportunidades que me vai dando
Que o AMANHÃ seja melhor um pouco!
Este novo ano SÓ PODE ser melhor.
ResponderExcluirBjs, bfds
Que grande, útil e emotivo post. Que nos faz pensar no que se passou e também no que pode vir a passar-se, sendo que o futuro, se sempre foi uma incógnita, agora é uma incógnita muito maior. Mas o teu texto (tão bem ilustrado por fotos fantásticas) também pode ser visto como uma espécie de esperança e de coragem.
ResponderExcluirE o que começa "desfocado" pode bem vir a tornar-se em "reflexão". Certo que o ano de 2021 começou desfocado para quase todos nós (incrível a foram como víamos mais de 300 portugueses a morrer por dia), mas mesmo para quem se conseguiu resguardar houve outras situações que magoam a alma, como o desaparecimento de pessoas próximas, como descreves no teu texto, o qual está muito be,m escrito e estruturado.
Para quem vive para viajar estes confinamentos são mais dolorosos do que para as pessoas que se limitam a viver o dia a dia, por isso compreendo a tua angústia. E às vezes a pessoa sente-se sozinha mesmo estando acompanhada, aliás, é esta a pior solidão...
Fazes um desabafo que também é uma partilha e um alerta para aproveitar aquilo que de melhor temos, a saúde. E não pedes muito em troca, paz e saúde, coisas grátis.
Quando dizes que viajaste em pensamento, na verdade tu consegues "fazê-lo" porque tens milhares de fotos das centenas de lugares que tens visitado. Mas nada como estar nos sítios e sentir os cheiros e as brisas dos lugares.
Netos, filmes, doces e desejos que afinal conseguiste realizar... este Ano será um Novo Ano, na acepção da palavra e dos desejos.
A vida tem um pouco de cada para que não seja muito monótona!
ResponderExcluirQue neste ano se concretizem os projectos em lista de espera!
Bom fim_de_semana!
Li o teu texto, que está maravilhosamente escrito, e não pude deixar de pensar que esta pandemia tem dado cabo da vida de todos nós e pior, levado a vida a muitos.. infelizmente, a ti também te levou alguém muito querido. Porém, tal com sempre achei, o que não nos mata torna-nos mais fortes e ensina-nos muito. E tu, no teu texto demonstras como, apesar da dor, da solidão, da clausura e de tudo o mais, ainda conseguiste aprender algo que, decerto, te permitirá ser mais feliz.
ResponderExcluir"Sofrer as dores do outros" não, não o deves fazer, nem ninguém, poruqe só quem as tem abe o quanto dói...
Foi um ano terrível, sem dúvida e tenho esperança que 2022 seja melhor. Mas mesmo assim tu colocaste metas e alcançaste-as, é uma Victória! Conseguiste ser feliz com tão pouco que é tanto... como umas pipocas num cinema com os teus netos... sentiste alegria com a vovó viral e até já a mim contagiaste rsss, provaste uma iguaria nova... e sobretudo, não desististe de sonhar!! Melhor!! No final agradeces e dizes que 2021 foi bom, poruqe estás VIVA!! Esta foi a frase que mais gostei de ler. Continua assim!!!
As fotos estão maravilhosas!!
Beijinho e muita felicidade!!!
A sua vida não foi monótona minha Amiga. Sabe tirar partido das pequenas coisas e sabe até viajar em pensamento. Nunca se sentirá só porque sabe fazer companhia a si mesma. Gostei de ler este seu post tão emotivo e inspirador para quem a lê. Um 2022 muito melhor.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Um post, emotivo e sincero, e no qual me revi em muitos dos seus anseios, Ester.
ResponderExcluir2021 foi mesmo um ano vivido a medo, e do qual também me privei de muitas saídas, para não comprometer a saúde da minha mãe, vivido por isso, sob tensão e responsabilidade... também pelo controlo da sua medicação, feita sob um menor número de consultas e exames, reduzidos ao essencial, e em épocas que se afigurem bem menos arriscadas...
A questão dos beijos e abraços... desde há dois anos foram abolidos aqui em casa... e assim continuamos... e com tudo o que entra em casa, a ser escrupulosamente lavado/desinfectado... e assim temos de continuar... pois a pandemia ainda não terminou, e no momento, temos outra vez a gripe em alta... sobretudo com uma estirpe não contemplada nas vacinas...
Desde há dois anos, todos temos vivido sob condições muito especiais... e agora esta súbita guerra, ainda nos traz mais algumas ansiedades e angustias adicionais, aqui pela Europa.
Enfim! Mas a vida é uma verdadeira caixinha de surpresas... pois nunca se sabe o que estará por vir... e entre dias menos bons, lá surge um ou outro que nos dá força para continuarmos!
Vamos acreditar que esta fase, há-de melhorar e que dias melhores virão!
Não podemos mudar o passado, Ester... mas podemos não lhe dar o poder suficiente, para comprometer o presente e os dias futuros.
Seja a sua melhor companhia... e se novas pessoas surgirem muito bem, se não surgirem... pelo menos sabe com o que contar e com quem contar... como se costuma dizer... antes só do que mal acompanhada... e esperemos que esta fase se torne mais leve, permitindo algumas saídas... se não ao estrangeiro, pelo menos no nosso país, enquanto a conjuntura geral, não melhorar...
Um beijinho! Votos de muita saúde e com a tranquilidade possível, que esta atribulada fase, nos vai permitindo!
Tudo de bom!
Ana