sexta-feira, 10 de maio de 2019

VILA MEDIEVAL DE MONSARAZ




Tal como expliquei no post anterior, o tempo estava 

muito incerto no dia 18 de abril e assim que vi que o céu 

estava azul dirigi-me para MONSARAZ e aproveitei visitar 

ainda de manhã e foi o melhor que fiz, pois de tarde 

choveu bastante. Após passar a PORTA DA VILA 

é uma delícia percorrer aquelas ruelas 

e apreciar todos os recantos lindíssimos.





até que cheguei ao Largo Dom Nuno Alvares Pereira, 

onde se encontra a Igreja de Nossa Senhora da Lagoa

a primitiva igreja gótica foi construída na segunda metade 

do século XIII, sendo a sua referência mais antiga 

do tempo do rei D. Dinis; a construção da actual igreja 

matriz da responsabilidade do arquitecto Pêro Gomes 

é do século XVI, baseada no estilo renascentista 

onde predomina o xisto regional.




mesmo ao lado da Igreja, encontra-se o MUSEU DO FRESCO 

que não tive a sorte de visitar, pois estava fechado!





no mesmo Largo, encontrei o Pelourinho oitocentista

Monsaraz teve primeiro foral dado por D. Afonso III, em 1276, e Foral Novo manuelino, em 1512. 

O seu pelourinho constitui o símbolo da jurisdição e da autonomia do concelho, no entanto, 

é já de factura oitocentista, construído em mármore branco da região.

É composto por um soco de três degraus quadrados de parapeito, sobre o qual se ergue 
o conjunto da base, coluna, capitel e remate. A base consta de um paralelepípedo ao alto, 
com molduras lavradas nas faces, onde assenta a coluna. 
Esta é de fuste liso, de secção circular, ligeiramente mais estreito no topo.

O capitel, compósito, é delicadamente lavrado, e sustenta uma roca decorada com caneluras 
e motivos vegetalistas, estes últimos vazados. A roca é encimada por um pináculo bojudo, com folhas de acanto.




ADORO observar as pessoas e, neste caso, um turista que 

pediu um moscatel geladinho e estava entretido com o seu 

smartphone, quando decidi fazer o click, 

não podia perder esta oportunidade...




uma loja com artesanato, entrei e conversei com a proprietária, 

vi uma placa que dizia "No photos"! 

Mas, ela explicou que não se pode fazer fotos das peças 

individualmente e ao observar o interior da loja descobri 

num recanto uma chaminé antiga e a senhora deu-me 

autorização de fotografar o plano geral, assim fiz. 

Explicou-me que tudo que está naquela loja é feito por ela 

e pelo marido, mais ninguém... olaria, pintura, 

escultura, tudo obras dos dois artistas...




Caminhando pelas suas ruelas vamos encontrando referências 

ao passado, mas Monsaraz não é mais dos Templários, 

no entanto, em algumas paredes ainda se encontram 

vestígios desse tempo...






o bom gosto dos moradores nota-se na decoração 

e estas folhas de lavandula dão um aroma especial a quem 

percorre as ruas admirando todos os pormenores, 

como é o meu caso...




ideias de frascos para diversos licores: poejo, 

gengibre, tangerina e pinhão, etc...








ideias de quadros




as típicas cadeiras pintadas





acima no exterior de uma loja, um banco de pedra com 

uma almofada convida a sentar e beber um cafezinho;

o passeio continua e depois de uma esquina descubro mais 

uma ruela em direcção à Natureza que envolve 

as muralhas da vila medieval

 fico feliz assim, visitando lugares diferentes 

e que há muito não ia lá...



10 comentários:

  1. Atuamente Monsaraz não é mais dos Templários,
    é do Concelho de Reguengos de Monsaraz, tem cerca de 800 moradores
    e é “invadida” anualmente por milhares de turistas,
    entre os quais muitos brasileiros de bom gosto.

    Vou considerar 801 moradores para contabilizar o cavaleiro templário Gomes Martins Silvestre, morador de Monsaraz da época de D. Sancho II, cujo túmulo se encontra atualmente na Igreja Matriz de Santa Maria da Lagoa, bem no centro da vila.
    Ele está morto, mas foi um herói e continua “morando” lá.

    Dentro dos muros tudo foi preservado e é possivel encontrar pequenas lojas de artesanato e de produtos regionais como vinhos
    uma loja da vinícola Ervideira, meia dúzia de restaurantes – entre eles o Templários, pequenos bares charmosos com vista espetacular e algumas pequenas hospedagens.

    Monsaraz não tem shoppings e não é permitido andar de carro.
    A atração é caminhar pelas vielas, ruas e becos descobrindo sua herança medieval e os detalhes de seus muros de pedras, alguns com flores, que se mantém preservados e valorizados.

    Fotografar este património arquitetónico de vários séculos contra um fundo de vale sempre verde e profundo e um céu sempre azulado e brilhante é um privilégio.

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  2. Museu do Fresco
    Em 2010, o Museu do Fresco passou a albergar exposições temáticas anuais que possibilitam ao visitante obter uma perspetiva mais alargada da história e cultura da região.

    Em termos arquitetónicos, foi o edifício civil mais nobre e mais representativo da Monsaraz antiga.
    Está situado na fachada oriental da Rua Direita e foi edificado no segundo quartel do século XIV, durante os reinados de D. Dinis e D. Afonso IV, como consequência do desenvolvimento administrativo e económico da vila e serviu também de cadeia da comarca.

    Embora a mais antiga referência documental ao edifício date de 1362, supõe-se que a sua construção se tenha efetuado ainda no reinado de D. Dinis ou no do seu sucessor.
    Entre finais do século XV e princípios do seguinte, o edifício foi ampliado com a construção de um segundo piso destinado a albergar a cadeia comarcã. Tendo perdido as suas funções camarárias em finais do século XVII, viria a sofrer danos consideráveis com o terramoto de 1755.

    A Sala do Tribunal foi decorada no século XV com um fresco que esteve durante séculos tapado com um tabique de tijolo e só em 1958, aquando das obras de requalificação, é que este exemplar único em Portugal, em relação ao assunto temático profano, foi redescoberto e salvo da destruição.

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  3. Monsaraz, a airosa vila medieval de Monsaraz, mantém a sua magia de outrora como poucos lugares no mundo.
    Feita de cal e xisto, este lugar sussurra-nos, por entre o eco dos nossos passos nas suas ruas, magníficas histórias de reis audazes, cavaleiros templários, gentes bravas e damas de beleza singela.

    Suspensa no tempo, a histórica povoação alentejana, uma das mais antigas de Portugal, é um destino obrigatório na sua lista de lugares a visitar no Alentejo.
    Especialmente depois de, em 2017, ter vencido na categoria “Aldeias Monumento” do concurso 7 Maravilhas de Portugal – Aldeias.

    As muralhas que circundam a vila guardam uma povoação acolhedora, onde a luz acaricia os pitorescos e tradicionais lares das hospitaleiras gentes desta terra.
    Descobrir Monsaraz é viajar no tempo e desfrutar da História no presente. E há tanto para ver e sentir nesta encantadora máquina do tempo, bem no coração do Alentejo!

    Como as suas ruas são ancestrais, Monsaraz oferece um espaçoso parque de estacionamento perto das muralhas, para que os seus visitantes possam visitá-la como deve ser: a pé e despreocupadamente.

    Aprecie o imponente e peculiar cerco muralhado que abraça esta vila-museu do Alentejo, erguido durante as Guerras de Restauração.
    Esta muralha previa, no seu plano, a construção do Forte de São Bento, originalmente em forma estrelada, os Baluartes de São João e do Castelo e a Ermida de São Bento.

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  4. Tulipa, mais uma vez, deixo meus parabéns pelo excelente trabalho que fazes: pelas fotos e pelos seus comentários, sempre tão brilhantes.
    Quem não conhece os locais, fica com muita vontade de lá estar. Como é o meu caso. Beijo.

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  5. Tulipa, que vila encantadora. Muito bom conhecer através dos seus olhos. A loja com tudo feito pelo casal é linda.
    Muito obrigada por compartilhar as suas andanças e nos dar a oportunidade de conhecer um pouco de tudo isso.
    beijos
    Chris
    Inventando com a Mamãe / Instagram  / Facebook

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  6. Há cerca de dois anos uma foto da minha autoria foi a capa de uma revista, mas agora vendo a tua foto de abertura do post, vejo que a tua é muito mais contrastante, pena não a teres na altura.

    Aqui a mistura entre Alentejo e cultura árabe é explicita, bem conservada. Em frente da Igreja que mostras fiz fotos há uns três anos do Janita Salomé, Pedro Mestre e outros cantores conhecidos. Dos ensaios, ainda por cima, portanto, não havia quase ninguém e era de dia. Não me lembro se coloquei essas fotos no blog e mas ainda é uma boa altura para recordar isso. Tenho que as procurar.

    Depois, foste buscar pormenores muito interessantes, que descrevem bem a vila museu que é Monsaraz, gerida - para mim - por um dos melhores autarcas que Portugal tem, José Calixto.

    Mas não me lembro do artesanato nem dessa árvore que contrasta com a parede branca. É o Alentejo branco, e aqueles vasos com alfazema são fantásticos. E as típicas cadeiras, das quais tenho duas, creio, do tempo em que os miúdos eram pequenos. Aliás, o meu avô paterno fazia destas cadeiras e bancos (mochos, dos quais ainda tenho um).

    E terminas com uma foto de "enquanto houver estrada para andar" tu vais continuar a viajar. Parabéns e boas viagens :-)

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  7. Monsaraz é realmente muito bonita e com muita história. O seu olhar capta sempre bem cada lugar…
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  8. Mais uma das tais que parecem ter parado no tempo.
    Bjs

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  9. Uma vila encantadora brilhantemente fotografada.
    Beijinhos
    Maria

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  10. Olá
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