Desde 2017 que no mês de Setembro saiu uma notícia:
"Seca destapa ponte escondida há 19 anos"
na época foram muitas pessoas lá visitar o lugar
e ver a dita ponte, eu não fui, no entanto soube que
logo em Novembro de 2017 a ponte voltou a ficar escondida!
Sabia que é junto à BARRAGEM DO PEGO DO ALTAR
e nestas mini-férias de 4 dias decidi lá ir,
fui-me informando e soube que devido novamente
à seca deste ano, a ponte está novamente visível.
O caminho/estrada para a barragem está bom
e por isso primeiro fui ver a barragem,
depois fui para os lados da ponte mas o caminho
não era de confiança até à ponte...
para não vir embora
com pena de não ir ver a ponte
decidi deixar o carro e ir a pé...
mas que grande caminhada e debaixo de um Sol tórrido!
Vi duas caravanas na zona, talvez com ideias
de ali pernoitarem, mas o lugar é mesmo ermo...
este é o aspecto do solo,
todo rachado da "seca"
ao longe, começava a ver a Ponte do século XVIII
bem como duas pessoas, pois até ali não vi ninguém...
aproximei-me e falei com os senhores, dois amigos
que gostam de ir à pesca para ocupar o tempo...
e, se ali há muito peixe... (dito pelos senhores)
está proibida a circulação de carros na ponte
mas segundo me disseram de quando em vez
ainda passam alguns carros ligeiros, tractores
e jipes mais pesados é que não...
ali estava eu em cima da ponte
que eu queria ver, desde há dois anos
ao longe, uma vaca... olhava na minha direcção...
Um dos senhores chama-me para ver
um peixe que pescou e fiz logo o click
Entretanto fui chamando a vaca
criou-se ali uma empatia e ela veio ao meu chamado!
afinal são duas amigas...
e já estão a entrar na ponte, na outra extremidade
ergo os braços ao Céu a agradecer a Deus
ter-me permitido ir ver a Ponte do século XVIII
saio da Ponte e vou captar a Ponte numa outra perspectiva,
a vaca não quis ir ter comigo, devia estar com sede
dirigiu-se às margens para beber água
já no caminho de regresso ao carro
vou captando o que vejo ao longe,
um "Monte alentejano" ali no meio de tantas árvores!
o carro continua debaixo do "Chaparro" à minha espera!
Ponte sobre o rio Mourinho em Santa Susana
na albufeira da barragem do Pego do Altar,
a descoberto pela seca , a maior que até hoje vivi na
minha geração, tem posto a descoberto outras ruínas
de aldeias noutras albufeiras. Em tempo alargado de Verão
quis voltar ao Alentejo, a Santa Susana, para descobrir
a bonita ponte do Rio Mourinho submersa com o
enchimento da albufeira desde 1948,
apenas por duas vezes a seca a pôs a descoberto!
Seca destapa ponte escondida há 19 anos
ResponderExcluirAntiga ponte na região do Alentejo tem estado submersa pelas águas da barragem do Pego do Altar foi notícia em setembro de 2017
Há duas décadas que a ponte de Rio Mourinho estava submersa pelas águas da barragem do Pego do Altar (Alcácer do Sal),
mas a seca que tem atingido o Alentejo provocou a descida do nível da albufeira, destapando a antiga passagem entre as localidades de Santa Susana e São Cristóvão.
A ponte, com cerca de 30 metros, foi construída há 200 anos e o seu regresso à luz do dia atesta o pesadelo que a falta de chuva representa para a bacia do Sado, onde as albufeiras registam uma média de 19,2% da sua capacidade. Em ano normal estariam nos 46%.
A barragem do Pego do Altar tem hoje 8% da sua capacidade,
traduzidos em cerca de sete milhões de metros cúbicos
dos quais cinco milhões são para garantir a sobrevivência dos peixes.
Já foram retiradas várias toneladas de carpas e outras espécies para diminuir a carga piscícola.
"Em 70 anos de barragem houve poucos com uma seca tão grande", sublinha, recordando que a associação optou por ratear a área de arroz em 40%, logo em abril, para que a água não faltasse de vez.
O prejuízo estende-se à pecuária na maioria das zonas do país, com os produtores a alimentarem o gado à mão
Há 18 anos que a ponte da albufeira de Pêgo do Altar não ficava a descoberto, facto que está a atrair muitos curiosos.
seca que tem atingido a zona do Alentejo levou a que ponte de Rio Mourinho, que faz a ligação entre as localidades de Santa Susana e São Cristóvão, deixasse de ficar submersa.
Estava há 19 anos coberta pelas águas da barragem do Pego do Altar,
em Alcácer do Sal.
Sempre é um espetáculo ver as fotos e ler as narrativas, Maria Afonso.
ResponderExcluirParabéns. És muito competente. Beijo.
Essa relação texto imagem está muito bem conseguida, até engancha.
ResponderExcluirBonitas fotografias dum sitio pleno de encanto.
Abraços de vida.
Olá, Tulipa!
ResponderExcluirComo sempre, as suas palavras em forma de comentário são um primor e elucidam-nos mto bem.
Claro, "mais uma corrida, mais uma viagem" -rs, assim se dizia nos carrinhos de choque, que, gostosamente "provei" conduzidos pelo meu pai, enqto a minha mãe observava e sorria.
Não sabia desta ponte, nem desta barragem (que espanto, eu que "adoro viajar" -rs rs rs)!, mas a minha amiga sabe tanto de tudo e de História, nomeadamente e gosta da natureza e de tudo o que podemos apreciar.
As fotos estão mto bem, porque a menina tem olho fotográfico, aliás, olhão -rs e gosto de viajar com alma, como sempre afirma.
Não gosto de chuva, mas sei que ela é necessária, contudo devido à inexistência dela este ano, a Tulipa pode ver ponte escondida há 19 anos. Parabéns e divirta-se!
Beijinho e dias felizes, viajando, observando e clicando.
Um desabafo: O ALENTEJO É TÃO LINDO e a sua foto de braços ao céu está f-E-N-O-M-E-N-A-L.
ResponderExcluirParabéns, minha talentosa e culta amiga.
Mais uma descoberta a juntar a tantas outras...a reportagem está belíssima, não faltaram as vaquinhas para alegrar a paisagem e aquele peixe enorme que se deixou apanhar no anzol!É`bom poder ver essas relíquias, embora essa possibilidade de deva a causas tão dramáticas como a seca estrema que assola o nosso Alentejo!
ResponderExcluirBeijinhos.
É para isto que também servem os blogues... para ALERTAR! Mais do que uma aventura, o que mostras em fotografias e o que descreves em texto é por demais preocupante... além das imagens que podíamos (e podemos) considerar fenomenais, há por trás delas um sentimento de grande apreensão... esta não é uma seca normal, e as tuas fotos são a prova provada disso.
ResponderExcluirComeças com uma foto geral, a enquadrar o texto e a situar o que pretendes revelar. Logo depois começa a fase "dramática", com o nível da água da barragem perigosamente baixo e o terreno mais que seco. E lá estava a ponte, soberba, cheia de história, a descoberto, mas antes não estivesse pois a água é a energia do futuro.
E pelo que mostras aqui os pescadores não têm stress, nem concorrência e o tempo de espera parece valer a pena. Pormenor incrível e quase mágico foi o aparecimento da vaca (de pois outra), animais que considero nobres e muito inteligentes (um dos motivos porque não como carne de vaca há muitos anos). Engraçado como ela ficou curiosa com os humanos. Fantástico o acompanhamento que fizeste da vaca, provavelmente a sua rotina diária, que veio ser um pouco animada com a tua presença.
E depois um monte alentejano (espero que não esteja abandonado), que deverá ter tantas histórias para contar como as árvores e a terra crua. E fizeste bem em deixar o carro à sombra do chaparro, pois até ele deve ter gostado da viagem única que fez. Portugal ainda tem muito por descobrir, e tudo isto pertinho de Lisboa. Mas as pessoas preferem o conforto das suas rotinas, ao contrário da tua curiosidade que te levou a um local onde eu nunca estive (estive em locais parecidos na zona do Alqueva), mas esta seca é muito mais grave do que se pensa. Obrigado pelo alerta, pena que uma reportagem destas não seja publicada num jornal diário...
Tesouros que urge preservar.
ResponderExcluirBjs, boa semana
As suas fotografias são excelentes. Mas essa ponte a descoberto é um mau sinal. Estamos a ficar com um país cada vez mais seco…
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Extraordinária reportagem fotográfica. Diria mesmo que se encontra eivada de profissionalismo informatico, cheia de criatividade jornalística. Por momentos, pareceu-me estar a assistir a um filme mudo, mas a cores, com excelentes legendas elucidativas.
ResponderExcluirUma excelente publicação.
Um abraço e uma boa semana.
Quis escrever - Profissionalismo INFORMATIVO. Bjs.
ResponderExcluirBrilhante reportagem fotográfica.
ResponderExcluirÉ pena a estrada não ir até ao local.
Beijinhos
Maria